Indie: RINHA

É estranho o impacto que o longa Rinha de Marcelo Galvão causa quando vemos atores brasileiros falando inglês. Um inglês digno, é verdade. Mas a fronteira das línguas não pára por ai. O português e o espanhol entram na trama também. É difícil não pensar que se trata de uma canastrice tremenda, para passar o filme como um "sucesso-gringo" e acertar a América inteira. Mas se essa é a intenção, ela falhou.

A trama se concentra em uma festa, onde os ricos, magnatas, políticos e aproveitadoras entre drogas e promiscuidade, apostam em lutas, as rinhas, onde lutadores se enfrentam dentro de uma piscina vazia. E assim vamos conhecendo o vasto e excêntrico elenco, um a um, de maneira dinâmica e eficaz. Mas esqueceram de avisar que copiar os longas Jogos, Trapaças e Dois canos fumegantes
e Snatch - Porcos e Diamantes não vale.

Entre as drogas e confusão com as línguas e diálogos bobos, o longa se desenvolve com com histórias de corrupção, blefe e vingança. Infelizmente o filme se aproxima demais com os citados filmes do diretor inglês Guy Ritchie e a inevitável alusão ao Clube da Luta de David Fincher e a justa e engraçada homenagem a Rocky.

Por outro lado, fica impossível não se divertir com uma história tão dinâmica e uma montagem funcional que usa o humor nas horas exatas para aliviar o peso das lutas e tem a duração exata para não cair no poço. A técnica é competente, comum. Sem ousadias, mas sem erros também. É uma pena que o filme tenha essa ambição e acaba soando como uma cópia de enlatados internacionais.

Rinha (Idem, Brasil, 2008) de Marcelo Galvão

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