DE REPENTE, CALIFÓRNIA


Marcado pela morna relação entre o texto e os conflitos para não cair na obviedade do assunto, o filme de estréia de Jonah Markowitz, De Repente, Califórnia ser torna em um filme singelo, com a estética de um seriado de TV.

Tal proximidade dos seriados é pelo visual e takes que favorecem a fotografia do longa, que seriados como The O.C e outros apresentam, acompanhado de uma trilha sonora propícia e elenco vindo de seriados. A proximidade também acontece na faixa etária de seus personagens, que além de mostrarem um pouco mais de maturidade, se colocam em uma posição importante na vida, em momentos de decisão.

Markowitz se limita para não afetar seus protagonistas com a reação óbvia que nós estamos acostumados a ver e sim, colocar a relação de Zach e Shaun em um patamar diferenciado,não apenas a tais reações à descoberta sexual , mas também da posição de homens perante suas famílias. O longa é um conto de amor, sem características que poderiam elevar (ou apelar) para alcançar um patamar diferente.

E dessa escolha pela simplicidade que o filme ganha seus pontos por se aproximar do espectador, que assim como Ang Lee em Brokeback Mountain, não necessita de levantar uma bandeira ou investir no exagero da pretensão e da urgência, mas sim na posição de humanos e não de objeto de estudo.

★★

De Repente, Califórnia (Shelter, EUA, 2007) de Jonah Markowitz

3 comentários:

  1. Olá Pedro! Sou preconceituoso o suficiente pra evitar filmes com essa temática, o que não significa que não assista e me surpreenda com alguns trabalhos como o de Ang Lee e o recente Milk, de Gus Van Sant. Acho que um filme quando se reveste de naturalidade em vez de levantar uma bandeira, consegue bons resultados. Parece ser o caso desse filme. abs

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  2. Gostei muito de ver essa temática sendo tratada de uma maneira diferente da que estamos acostumados a ver no cinema. Um tanto ingênuo, é certo, mas também consegue encantar.

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  3. Também achei bastante semelhante com produções feitas pra TV, pelas repetições de flashbacks tanto em sequencias tristes quanto felizes. Mas exatamente por ser tão discreto com o tema e se tratar principalmente de uma história de amor, é o q defende a causa com mais honestidade.Beijos!

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