Entre a tênue linha que separa dogmas de linguagem e gêneros está a motivação de Goeffrey Enthoven em realizar Hasta La Vista – Venha Como Você É. Subverter questões e quebrar paradigmas parece o foco principal deste road movie com protagonistas que possuem necessidades especiais. Porém, o que vemos é uma versão rasteira e sem inspiração de uma comédia teenager.
Analisar a visão igualmente preconceituosa dos garotos sobre outras pessoas – focada na motorista da van Claude (Isabelle de Hertogh) e necessidades comuns não dão abertura a nenhum tipo de mergulho psicológico para este mundo. O flerte com o melodrama amplifica o tom piegas e a intenção de pegar o público pelas pernas, ou melhor, pelas lágrimas.
Hasta La Vista parte de um vício contemporâneo de apelar para o sentimentalismo em linguagem e a conseqüente identificação ou total compreensão de um grupo ou movimento específico. E abrir mão de seus personagens para sustentar gêneros o afunda por completo.
Hasta La Vista - Venha Como Você É (Hasta La Vista!, Bélgica, 2011) de Goeffrey Enthoven
Estou assinando para receber todos os comentários. E claro que nossos pontos-de-vista não precisam sempre concordar. Aprendemos com o outro. E viva o cinema!
ResponderExcluirAssisti a um belíssimo filme, que expõe 3 jovens interessados em visitar um bordel: porque eram virgens, porque queriam realizar um desejo. O filme não tem nada de piegas, e o fato de serem três jovens com deficiências (dois cadeirantes e um cego), não torna o filme apelativo. Discordo do crítico, e considero um excelente filme, que não traz 3 personagens "deficientes, mas perfeitinhos". São jovens que enfrentam as suas dificuldades, como qualquer um. O filme emociona, diverte…o cinema inteiro riu muito e também se emocionou. Os prêmios estão aí para indicar que muito mais gente gostou.
ResponderExcluirEsplêndido, espetacular, um dos melhores filmes que já assisti, sem cerimonias amei muito!
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