WEEKEND


Fugir de estereótipos e se suportar graças aos diálogos é o gracejo de Fim de Semana. Imerso em questionamentos, os personagens representam o diretor Andrew Haigh para perguntar o motivo do adestramento narrativo em histórias de amor.

O ativismo do diretor continua apoiado nas questões existenciais que Russel e Glen abordam enquanto passam, entre sexo e uso de drogas, intensamente por dias de paixão e esclarecimento. Sempre implícitas, vindo da imagem para o diálogo, as questões são, a priori, estritamente gays, mas que ao passar do filme tornam-se universais e muito dolorosas.

Os dilemas de Russel e Glen são diferentes e extremos, mas de certa forma os colocam na mesma posição. Não se trata do encaixe de Yin Yang ou algo do tipo. Para Haigh, isto é uma grande besteira. Seus personagens são muito mais complexos que conflitos que se resolvem para a vida seguir bela e agradável. Eles discutem, choram, levantam para ir ao banheiro, choram novamente, discutem mais, pensam mais do que deviam e se auto sabotam. Como todos nós.

★★★★
Weekend (Idem, Reino Unido, 2011) de Andrew Haigh

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