BEL AMI - O SEDUTOR


Disposto a banalizar o arquétipo original de 1939 dirigida por Willi Forst , Declan Donellan e Nick Ormerod compõem um filme sem identidade. Fica evidente em seu prólogo que os diretores estão presos a simples questão que definiria (ou justificaria) sua existência – trata-se de uma proto-sátira ou o retrato simples de uma época?

Para representar a Belle Époque, Ormerod e Donellan fizeram um filme sem eixos; ação e reação e causa e consequência definem o ritmo narrativo. Mantendo como cerne, assim como o filme de Willi Forst, o poder de sedução de Georges Duroy (Robert Pattinson) para potencializar a esfera política da época – apoiada no sexo como moeda de troca e com abertura para análise da moral e poder -, e colocar a vingança como primeiro plano.

A estrutura irregular desfoca as percepções de unidade; Bel Ami é um filme sobre um ponto de vista, uma história biográfica que pelas tantas se encontra com o externo - a história de todos, que ilustra outro encontro, dessa vez o da imposição dos diretores em emoldurar o período histórico. Este formalismo é o antagonismo que faltou por toda duração, afinal, todos os personagens parecem fazer parte do fluxo de um mundo sem emoções.

 
Bel Ami - O Sedutor (Bel Ami, Reino Unido/Itália/França,2012) de Declan Donellan, Nick Ormerod

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